CAVOUCANDO PENSAMENTOS
08 janeiro 2025
10 dezembro 2024
O VELHO HOMEM E O COQUEIRO
Em certos momentos, em minha adolescência, fazia alguns trabalhos para uma empresa que seguia pelo ramo imobiliário; entregava panfletos, posicionava faixas informativas, pintava escritórios e limpava ou roçava áreas para a construção de prédios residenciais.
Foi comprado por essa empresa um espaço para a construção de um prédio; fui chamado para dar uma capinada na área, baixar os matos mais altos para uma topografia mais limpa.
Peguei o endereço e prontamente fui. Era próximo de casa e, na parte da tarde, ainda iria para a escola.
Lembro-me de que era uma área grande, uma esquina; - muitas bananeiras, mato, chuchu e uma bela casa antiga, modelo colonial; dessas que a gente vê nos livros de história, onde se observava na pintura os escravos trabalhando e um senhor de chapéu, ao fundo, sentado numa varanda. De fato, estranhei aquela construção ainda estar ali.
Tinha um pequeno portão aberto, entrei; observei e cataloguei a estratégia para começar o trabalho; uma foice e uma enxada já estavam à disposição e logo comecei.
Ao passar algumas horas de trabalho, aparece na varanda da casa um senhor gritando e sacudindo os braços: "- Pare com isso, moleque, sai da minha propriedade!" - Estranhamente e sem entender o ocorrido, parei! Fui em direção ao homem que flechava um semblante fervente, odioso, com a ruptura das palmas e pulos inquietantes... Iria dizer alguma coisa, mas outra pessoa, uma senhora, intervém, fala algo àquele velho homem e o leva para dentro... "Pode continuar, moço; ele não vai mais atrapalhar!"
Com uma interrogação galgando em meus ombros, passos lentos, o suor esfriando escorrendo no pescoço, voltei ao trabalho. Mais ao fundo do terreno, observei pequenos galinheiros abandonados, uma bela goiabeira e mais bananeiras. Estava em uma chácara ou um pequeno sítio. - Foquei no que pude fazer manualmente, pois sabia que tratores iriam chegar nas próximas semanas e uma construtora iria planejar um escritório de vendas para começar a comercializar os apartamentos, ainda na planta.
No final do trabalho, curioso e aflito, cheguei perto da casa; olhei para um pequeno quintal que apontava para a rua e observei o senhor, sentado, que me lança um "boa tarde". Respondi. A senhora logo chega e me pergunta se já iria embora, digo que sim e peço um pouco de água! Volta para dentro da casa e o senhor começa a puxar assunto; descobri que toda aquela esquina foi dele um dia. Um dos primeiros italianos a chegar em São Paulo, segundo ele; conversou termos políticos que desconhecia de um período que não vivi; - era Vargas, Jânio Quadros, Juscelino Kubitschek, ele não esperava que perguntasse nada, parecia um roteiro escrito e ensaiado durante tempos; suas feições aparentava-me uns 80 anos; enfim, a senhora volta, estende a água, e diz que ele tem Alzheimer... - O velho levanta, interrompe e aponta a esquina: "Tá vendo aquele coqueiro..."- e lançava o indicador tremendo na base do pulso: - "Fui eu que plantei!" - Uma planta viçosa e cheia de folhas na propriedade ao lado, já murada por uma concessionária de veículos, já não era mais dele; - fui entendendo o que aconteceu ali. O espaço foi vendido e ele nem sequer sabia. Foi me dito que compraram a área e deram como parte do pagamento àquela família um apartamento de 48 metros quadrados... Uma amargura estranha e corrupta apalpa o meu senso de justiça; peguei na mão daquele homem, agradeci e disse que aquele coqueiro foi a árvore mais linda que já vi! Ele sorriu, olhou para a senhora, ela sorriu.
Indo-me; passei na esquina, parei e admirei o coqueiro.
Ainda moro próximo ao bairro daquele velho homem; observo o prédio construído com suas vísceras de concreto rasgando essa lembrança e penso nos últimos momentos daquele senhor preso numa gaiola de tripas de ferro e aço; - mas também observo o coqueiro, que continua plantado e dessa vez resolvi tirar uma foto e melhorar o texto que escrevi quando ainda estava na adolescência e descobria a poesia. Ao apertar a sua mão, acariciei a sua história e me agraciei com a nostalgia daquele hoje.
Há cerca de três décadas, uma melancolia faz-me desacelerar o carro quando passo naquela esquina; virar o olhar e memorizar a amargura febril daquele diálogo doce com um tom cítrico de iniquidade ; - talvez metaforizando esse gesto como a estender a mão e a saudar aquele velho homem todas às vezes que passo por lá!
"Foi o melhor coqueiro que já vi!" - E sorrio!
(Douglas GC) Setembro, 1999
09 dezembro 2024
Mulher, minha noite
Já eram quase onze horas. A rua que caminhava estava bem clara, definida; um quadro pintado com pontas de estrelas e a escuridão arrombando a lua em minhas ideias! - Um relevo visual com poucas nuvens curiosas.
Seguia para a casa; para o meu albergue noturno; nunca ia andando, mas senti que valeria o passeio. - Lembranças iam e vinham, as mãos no bolso, até que ouço na retaguarda passadas estocando a calçada e observei meus pensamentos fugirem com vaga-lumes que foram apagando-se daquele hoje!
Os passos aproximam-se cada
vez mais, sons de salto; era uma mulher que me puxa o ombro, olha-me,
sorri e diz na forma mais doce as palavras a seguir: "Sabia que viria,
pedi para a noite. Você veio..." E num solavanco ao meu pescoço com suas mãos, rouba-me um beijo que daria mesmo que o assédio gritasse do beco
mais escuro... Não sei o que senti: - voo, enjoo, leveza e cadência com
o rosto no rabo de um cometa ou foguete…
"O que aconteceu? Quem disse que viria?" - E corre... some à noite diante de minha visão; lembro daquele hoje com o mesmo vazio que ela desapareceu!
E foi isso; nada mais do que um conto simples e terno. Hoje, velho, passo naquela rua com a noite nem tão em relevo ou curiosa e a lua triste; não sei o que houve, contudo, o meu momento, nesse agora, tem uma explicação nem tão obvia ou palpável, mas prefiro não dizer, pois não saberia explicar em palavras o que levei quase 3 décadas para fazer uma dedução!
(DGC) 1999 -
27 novembro 2024
15 novembro 2024
31 outubro 2024
27 outubro 2024
Atenção às crianças
Não podemos fazer mais nada a uma pessoa com essa irracionalidade e falta de biologia evolutiva, senso científico e sustentável; mas o Estado tem o dever de exigir que essa pessoa coloque seus filhos na escola!
dgc
13 outubro 2024
A religião e a minha infância 2013 - Texto 01
A religião e a minha infância. – 08/05/2013
Sanidade e libertação
texto 01
Fui, decerto, uma criança simples e normal. Estudei em escola
pública; ainda não terminei a faculdade que comecei: - uma bolsa para
cursar Administração obtida pelo sistema Prouni. Nunca tive oportunidade
de gastar um centavo com a minha educação, contudo, os momentos de desenvolvimento com os amigos, escola pública, com as brincadeiras de época com pipas, piões de madeira com pregos nas pontas, bolinhas de gude e, surpreendentemente, com a igreja que meus pais frequentavam para buscar a verdade e, se eu permanecesse firme e fiel até o fim, teria a bênção da vida eterna que me era oferecida por Deus. O
tal livro da vida. Blá, blá, blá! - Foram incríveis!
Meu pai era pedreiro, eletricista, encanador, pintor, telhadista e tudo mais que possa haver de serviços dentro da construção civil. Quase sempre, depois da escola, ou antes, ele me levava para suas aventuras profissionais que desenvolveu sozinho e sem qualquer instrução acadêmica; -sempre insistiu comigo que foi a luz divina em seu caminho que o abriu a mente e o fez entender com facilidade o uso das ferramentas e os fundamentos desse trabalho. Em minha época ingênua, onde as “nuvens eram feitas de algodão”, sentia essa explicação como resposta para o meu senso comum, mas hoje, ao entender a política da época, onde havia aumentos de preços absurdos dos produtos nas prateleiras dos mercados, políticas conservadoras contra informações sobre o uso de anticoncepcional e o plano Cruzado, de uma geração pós-militar, onde não conseguiam manter os preços fixos alavancando juros altíssimos e associando-se com altos níveis de desemprego, meu pai foi, sem qualquer dúvida comum, outro sobrevivente desempregado com cinco filhos e uma esposa quase sempre doente! - Passamos perto da pobreza, às vezes sem condições de comprar mantimentos para uma refeição decente. Minha mãe sempre se queixou de não poder dar condições básicas de subsistência aos seus filhos, e isso, com certeza, a deixou mais debilitada.
E não querendo deixar a política da época de lado, vieram alguns planos do governo para estimular a economia, brecando a inflação: planos Bresser, Planos Verão e o mais conhecido, o plano Collor, que se dividiu em I e II, que firmava então o confisco de cadernetas de poupanças; - de fato, minha família, nessa época, não tinha e nem sequer sonhava em ter conta em bancos, mas pessoas que tinham não iriam fazer a reforma planejada, ou o conserto e manutenção de qualquer item ou propriedade que tivessem, pois seus bens financeiros estavam confiscados. Afetou-nos diretamente, principalmente meus pais, a buscarem em seu deus as respostas e a esperança para épocas melhores...
Sempre busquei respostas na racionalidade; em fatos, até mesmo quando criança, era racional com as questões que afligem cada época de um ser humano: - minhas atitudes de vencer em uma briga no colégio ou um jogo de futebol, até mesmo atualmente com o meu filho e ex-companheira; essa questão ativa gera diversos conflitos, sou um péssimo irmão, filho e marido! Mas sempre tentei dialogar e os cabelos que vão ficando grisalhos fazem-me compreender a verbalização e a aceitação, até mesmo da ignorância!
Passei toda a adolescência e parte da infância trabalhando e estudando; em alguns sábados ou domingos, quando não, jogava futebol com alguns colegas de época. Era um dos melhores jogadores do bairro; todos me queriam em seus times naquela hora de escolha crucial dos membros de cada grupo. Mas era certo quase que, quando não trabalhava com o meu pai, eu ia fazer bicos com um tio, irmão de minha mãe, que gerenciava vendas de imóveis para uma construtora; - entregava panfletos nos faróis das ruas próximos de projetos prediais ou do loteamento em que ele divulgava a venda.
Um dos pontos que mais marcou o meu julgamento sobre o mal que a religião pode fazer em uma sociedade, foram, com toda certeza, os julgamentos de passagens de ensinamentos bíblicos engajadas e metaforizadas na sociedade por pessoas, em sua maioria, com pouca instrução sobre o universo e a ciência de circunstâncias específicas que acontecem de forma gradual, lenta e imparcial em nosso planeta; - a verdade é única e não lhe cabe nenhuma dúvida sobre tais questões. Em todos os casos, em um País de terceiro mundo, com péssimos níveis educacionais, pessoas simples de intelecto levam e guardam essas verdades em seus corações como esperança para melhorar de vida e, quase de uma forma ingênua e galopante, usam o ensinamento medieval e repugnante pregados ou ensinados em um altar “sagrado” ,com uma cruz na parede e um homem preso a ela que foi assassinado por nós com permissão de seu próprio pai, sobre àqueles que o cercam e que pensam por perspectivas diferentes e que se não o seguirem, irão arder, queimar, sufocar, enfim, em um lugar horrível, criado por esse mesmo homem para afugentar um anjo que se revoltou e virou o mal. – Oras, até no mais baixo nível de uma vida em grupo, fatos e circunstâncias adversas não se resolvem com atitudes de morte, de queimar, de usar o fio da espada ou cárceres infernais como resolução; isso é coisa da gente, do homem - eis a grande questão de se pensar um pouco sobre a inteligência de um ser supremo que sabe e entende todas as coisas. Textos considerados sagrados, escritos há séculos, em uma época extremamente difícil de se administrar qualquer coisa, principalmente uma sociedade em um tempo sem recursos médicos e tecnológicos; - líderes precisavam controlar doenças, impor regras e suas leis para homens bárbaros, e como qualquer evolução, fatos foram sendo escritos de acordo com sua época; - uma que mais me deixa intrigado é a proclamação do corte do prepúcio por deus dito a Abraão. Nessa época, doenças e infecções de origem sexual precisavam ser controladas e estudos na época comprovaram que essa parte, bem higienizada, sendo cortada, reduz consideravelmente infecções, mas quem quer cortar e mexer nessa parte tão importante para qualquer homem sem instrução? – Coloque um ser supremo que vai fazer você queimar, arder, sufocar ou ser extirpado de seu povo, pronto, havia filas para o ato cirúrgico. E as circunstâncias e seus momentos foram carimbados em cada época.
Narrarei, de forma coloquial, alguns assuntos históricos pesquisados pela internet, mas o crucial dessa narrativa serão fatos e acontecimentos ocorridos e visualizados por mim quando criança; - preconceito sem explicação por objetos que trazem lazer, desenvolvimento e questionam nossa atitude e nosso espaço na imparcialidade planetária. O quanto líderes religiosos, sejam pastores, anciões e qualquer tipo de clero, quando determinados a divulgar suas crenças para obtenção de lucro, infringem as leis do humanismo e da cidadania através do misticismo e medo; instruem a levarem a palavra de seu deus (há mais de 5000 catalogados) pelos mais variados lugares, e suas bagagens de argumentos recheadas com um pânico iletrado de explicações fanáticas e sem nexo substancial, principalmente aceitados e absorvidos pelos cantos mais pobres e sem recursos do planeta.
Um dos acontecimentos que mais me marcou foi quando tinha cerca de 12 ou 13 anos; não tínhamos televisão. Algumas vezes, eu passava a brecha que tinha no muro para ir à casa de nosso vizinho e assistia aos programas infantis com um amigo. Meu pai, como já havia dito, não tinha condições de comprar um aparelho para a nossa família, mas uma tia minha resolveu doar para nós. - Nem posso chamar de televisão, pois era muito pequena, acredito que de oito polegadas. Hoje, quando as vejo, estão acopladas em caminhões; enfim, para todos em casa, foi a melhor coisa que poderia acontecer. Ficamos cerca de um mês com ela. – Lembro de algumas coisas darem errada no trabalho do meu pai e ele ficar enfurecido com pessoas tratantes e que gostam de tirar vantagens sobre questões de negócio. Ele sempre buscava a “palavra de deus” em suas visitas na igreja; quase sempre eu estava por perto: - um senhor em um púlpito lia trechos da bíblia e os interpretava da maneira que bem quisesse e todos que o ouviam, achavam e ainda acham até hoje que deus fala através daquela leitura e interpretação daquele homem. – Em uma dessas leituras, lembro-me que as coisas mundanas para a igreja, como festas, Papai Noel, adornos, corte de cabelos, maquiagem, homem sem camisa e muitos outros assuntos considerados abomináveis eram tachados e ridicularizados pelos senhores que “deus usava” para falar conosco. Uma dessas abominações foi a televisão colorida! A nossa que fora doada nem colorida era! Mas ainda lembro desse homem ter lido qualquer trecho do livro preto, o levantou sobre sua cabeça e dizia que um irmão ou melhor, um membro da própria igreja relatou que a televisão era necessária, ao menos para a irmandade se informar sobre os acontecimentos políticos da região e de sua cidade, de modo geral, mas ele gritava e dizia que a informação estava em suas mãos e que não era necessário mais nada: a bíblia!! - (Deviam sempre discutir nos bastidores sobre "quem falava mais com deus".) – Meu pai voltou para a casa naquele dia e jogou a televisão no lixo associando-a aos problemas com as “pessoas tratantes” sem entender os planos econômicos de um período que justamente iria perseguir a “corrupção e os marajás’! – Alguns dias depois uma irmã minha de cerca de 07 anos foi atropelada ao sair para a rua justamente porque não tínhamos mais o nosso passatempo considerado amaldiçoado. Ela se recuperou, vive e frequenta a mesma igreja...
Neste mesmo período, comecei a questionar e procurar entender, de minha forma e contexto, assuntos que ouvia nas reuniões da igreja em que meu pai me levava junto com os meus irmãos. Esses cultos eram conhecidos como “reuniões de jovens e menores”, onde por um período de 02 horas pela manhã cantávamos hinos, orávamos, ouvíamos testemunhos de supostas obras de deus nas vidas das pessoas e por fim, o ancião, que segundo meus pais era guiado pelo espírito santo, lia trechos da bíblia e interpretava para todos na igreja. Ouvia muitas orientações sociais erradas; religiões que não eram verdadeiras e sobre como essas pessoas seriam queimadas; e o bordão mais usado pelo “guiado pelo espírito santo” era o “lenha para fogueira”! Não conseguia compreender o porquê de um ser que criou tudo iria queimar pessoas vivas! Abominavam culturas avessas aos ensinamentos cristãos, uso de adornos como brincos e maquiagem, o corte de cabelo feminino, a depilação, a televisão, o computador, as festas de São João, o Natal, ficar sem camisa, enfim, coisas corriqueiras para uma vida social eram pontos cruciais de desagrado a deus....
Lembro-me de que não gostava de ir! Algumas vezes fui forçado! Neste mesmo período do culto da igreja, ou seja, em quase todos os domingos pela manhã, alguns amigos que tinha no bairro se reuniam para jogar futebol na quadra. Disse ao meu pai que não queria ir mais à igreja. Ele insistiu e disse que não queria que eu fosse para o jogo. Minha irmã mais velha ouviu e disse que não queria também ir, conclusão, apanhamos; não teve igreja e tampouco futebol! Algumas semanas depois, ao procurar orientação na igreja, foi sugerido por um membro mais entendido das relações humanas e com um nível bom de escolaridade que não era necessário nos forçar; - meu pai foi aconselhado a não nos agredir para ir sem a gente querer, que nosso tempo ia chegar, que deus iria nos levar na hora certa! Não precisaríamos mais ir, mas imagine se fosse um troglodita social com mania de grandeza e soberba que meu pai encontrasse naquele dia; - e digo, cultuam apenas insanidade e conformismo nessa doutrina do que libertação e irei narrar as que vivi na pele durante minha formação social.
11 outubro 2024
Darwin ainda vive
Levantaram os seus livros santos, as foices, os rastelos: - acenderam
fogueiras!
Comichões nos retos e nos umbigos de uma arrogância santificada e induzida aos eventos sociais!
Assassinaram no fogo, na verbalização, na excomunhão, na doação da vida!
Tentaram estancar os pensamentos, a descoberta;
ergueram o dedo para a raça, o diverso, a ciência, o futuro, ao amor...
O convite - pelo bem ou pelo mal - de uma doutrina porca, seletiva;
- uma hora entraria, à força, sem perna, com câncer, acidentado ou faminto!
Ameaças de um deus grande com letra minúscula!
Nunca se manifestou - sempre deu recados!
A certeza de suas cabeças e desejos mórbidos,
hoje,
em meu período,
limita-se ao trabalho social de merda, engajado, encoleirado, mas cheio de ódio,
com mania de grandeza,
transando com um estado inviável e corrupto, com tetos e afins!
Pessoas limitadas numa verbalização de uma palestra analfabeta e maldita...
Pessoas que morrerão e nunca serão lembradas.
Qualificam-se àquelas que queriam enterrar Darwin,
mas ele vive!
Elas sim, estão bem mortas!
(DGC) 2024
07 agosto 2024
07/08/2024 - 43
contorna os traços de meu rosto;
expurga a incompreensão do homem que não sou!
Doa mais um ano à época que vivo!
Em cachoeiras o céu arromba os meus anseios e ilusões!
Os cometas caem em formatos de interjeições e reticências!....
A galáxia se arromba e ri estancando a ausência de tudo!
Grito, mas o silêncio me soca e quebra-me a mandíbula!
cravo as pegadas do luto que avisto nos rastros à visão de minha cova!
(dgc) 07/08/2024
29 junho 2024
AS PREVISÕES DE MEU PAI (trechos do livro "A religião e a minha infância")
(DGC) 2024 -texto 43